quarta-feira, 16 de julho de 2008

Escolhas


Quando a saudade insiste em atormentar.
As lembranças vagueiam de forma tão cruel.

As lágrimas insistem em cair.

O coração insiste em apertar.

Por mais nãos que já tenham sido ditos para si, mesmo calados.
Os sims ditos de forma tão escandalosas pesam mais.
Quando os fantasmas insistem em assombrar, o melhor é seguir outro caminho.
E essas escolhas precisam ser feitas com a alma.
Mas é sempre difícil enxergar outros caminhos, com os olhos tapados por lágrimas.

domingo, 13 de julho de 2008

Just as I am


Não. Eu não sou a super legal da turma.
Nem a mais engraçada, nem a mais nerd, nem a mais louca.
Também não sou a mais viajada, a mais letrada ou a mais descolada.
Não sou a que mais entende de música ou de cinema.
Longe de ser a mais vaidosa ou que a mais entende de yoga, reiki ou homeopatia.
Eu sou apenas eu. Uma pessoa basicamente comum.
Que gosta de boa música, bons filmes e boa companhia.
Que adora conversar (e como), rir e chorar.
Enfim, uma pessoa comum.
Comum, normal, alguém.
Nem melhor, nem pior do que as pessoas por quem você passa na rua e não diz nem bom dia.
Nem melhor, nem pior do que as pessoas para quem você diz bom dia.
Sou uma pessoa comum.
Sem rótulos.
Nem a mais, nem a menos nada.
Apenas quem segue seus dias buscando mais do que o que a vida oferece.
Just as I am.

sábado, 5 de julho de 2008

Maiêutica


Faz tempo que não escrevo nada aqui. Falta inspiração às vezes. Na verdade, tem faltado muitas coisas. Depois de se tornar consciente das "repetições de scripts" fica complicado continuar sem querer mudar tudo. O difícil é saber como. Enquanto tudo fica no plano do inconsciente, é justificável. Simplesmente ignora-se a existência dos fantasmas. Sabe-se que eles estão lá, mas desde que fique cada um no seu lugar, vive-se assim. Mas tomar consciência. É quase uma obrigação fazer ser diferente. Talvez Sócrates explique. Sim, Sócrates. Aquele que criou a "maiêutica", ou "o momento do parto intelectual da procura da verdade no interior do homem." "Conhece-te a ti mesmo", já dizia ele no século IV a.C. Tantos séculos depois, olhar para si continua sendo algo quase enlouquecedor. Buscar suas próprias verdades, encarar sua própria história, enfrentar seus próprios medos e traumas. Parece tão mais fácil simplesmente continuar vivendo. É tão mais cômodo ignorar-se, ligar o botão do piloto automático e seguir. Ainda mais sabendo que chegaremos ao fim da vida sem ao menos um certificado. E mais do que isso... pensar que nem se sabe quando é o fim da vida para calcularmos o quanto de si mesmo será preciso conhecer por dia, para fazer algum sentido. Realmente, nada disso é matemático. Consciente de algumas coisas, é preciso me desvencilhar de algumas heranças. Quem sabe assim o foco muda para dentro. Talvez assim faça mais sentido.